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A menina que ja sofreu muito pela opnião q os outros tinham dela, mais que aprendeu muito com todos o sofrimento que passou. E uma das coisas q ela aprendeu, foi a nao erra pra aprender, mais aprender com os erros dos outros. E que toda ação q ele tiver vai ter sua reação, seja boa ou ruim. Ela tem um próposito, ser a cada dia que passe melhor, lutar e vencer pelos seus sonhos e objetivos, e ser verdadeiramente feliz, independente de tudo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Na cadeira do juiz


É muito fácil se achar certo quando só se está entre pessoas que fazem o mesmo que você. É muito fácil se achar até mesmo melhor do que os outros quando se tomam por parâmetro aqueles que cometem mais erros ou que têm estilos de vida evidentemente mais desregrados que o seu. Fácil.
Difícil é se deparar com pessoas que evidentemente são melhores. Ou, para não colocarmos na questão de melhor/pior, que são mais equilibradas, mais regradas, mais éticas, mais politicamente corretas.
É muito complicado falar de certo e errado sem alguns determinismos, sem algumas vezes cometer o erro de generalizar.
É como, por exemplo, observar essas meninas de quinze anos se pintando como mulheres, usando saias curtas, palavras de baixo calão, agarrando quantos vêem pela frente, e não pensar: "nossa, que promíscuas" (nestas ou noutras palavras).
Julgamos os outros sob uma perspectiva de que somos melhores por agirmos diferente. E olha que às vezes nem agimos tão diferentemente assim. Se nos colocamos na posição de juízes, é por nos julgarmos capazes de julgar, por assim dizer.
Eu posso criticar um ladrão porque nunca cometi um roubo. Posso criticar alguém que deu as costas a um amigo se eu nunca o fiz. Posso criticar uma prostituta se sou uma "mulher de família". Julgamos, julgamos, e muitas vezes cometemos erros em nossos julgamentos, fundados em velhos preceitos e preconceitos.
Mas é tão ruim às vezes quando nos voltamos a nós mesmos e vemos o quanto erramos, e descemos da nossa cadeira de juízes para nos colocarmos como réus de nós mesmos. Não falo de arrependimentos, porque não sou de me arrepender. Mas falo de enxergar erros, ter vontade de mudá-los e não saber como. Enxergar às vezes traços de nossa personalidade que não gostamos - e por isso ignoramos na maior parte do tempo.
Haverá um "mais certo" e um "mais errado"? Ou seria uma questão de perspectiva?
Vejamos três pessoas: uma bebe, fuma e vai à festas noturnas. A outra não bebe, não fuma e nem vai à festas noturnas. A terceira bebe, não fuma e vai à festas noturnas. Quem é a melhor, dentre as três?
Se você parou para pensar quem seria a melhor, talvez não tenha entendido o que eu quis dizer até aqui. Vai que aquela que é mais boêmia, a primeira pessoa, é simpática, prestativa e generosa, e a que é mais "careta", a segunda, é uma ignorante pretensiosa?
Existem várias formas de se enxergar uma mesma questão.
Vejamos por exemplo um menino drogado na rua. O consideraremos um jovem jogando toda sua vida fora por causa das drogas. Não consideraremos que talvez ele cansuma drogas por não ter dinheiro para comer e atenue sua fome com entorpecentes. Ou que seja um menino de classe média. Não consideraremos que pode ser que suas relações familiares andem tão conturbadas que ele busque uma válvula de escape para seus problemas na droga.
A questão é que a natureza humana é muito mais complicada do que podemos supor. É muito mais dúbia e possui muito mais vertentes do que eu possa colocar em palavras.
Lembro de quando eu era criança e reclamava com a minha mãe que era uma filha muito melhor do que minhas colegas de escola, que não ajudavam em casa, não faziam os trabalhos do colégio, não arrumavam a própria cama e nem acordavam sozinhas, precisavam que a mãe as acordasse. Minha mãe me dizia: "mas tem filhas muito melhores do que você". E eu não queria ouvir. Achava injusto e até me magoava por ela não me achar a melhor filha do mundo.
Mas a questão é que eu NÃO ERA a melhor filha do mundo, nem sou. Assim como não sou a pessoa mais certa e portanto não estou na condição de sair por aí apontando os erros dos outros.
Existem muitas coisas que eu gostaria de mudar em mim: falar mais baixo, ser menos ansiosa, mais calma, ter mais paciência... Assim como cada pessoa no mundo tem, admita ou não, vontade de mudar algo em si.
Será mesmo que algumas vezes sejamos exigentes demais com nós mesmos?
Não bato o martelo. Essa discussão ainda não acabou.

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